11 outubro 2009

Bateria ecologicamente correta

As algas marinhas do gênero Cladophora causam verdadeiros estragos nos ecossistemas. Quando se aglomeram na superfície, num fenômeno chamado de Maré Vermelha, essas algas provocam envenenamento na água, doce ou salgada, matando peixes e pássaros. Pesquisadores suecos da Universidade de Uppsala, no entanto, encontraram nas causadoras desse fenômeno, considerado por cientistas como acidente ecológico, uma nova maneira de produzir baterias extremamente leves e, o melhor, que não causam prejuízos ao meio ambiente.


Em pesquisas anteriores, substratos de celulose já foram testados como forma de armazenamento de energia. No entanto, o sucesso das experiências era barrado pelo fraco desempenho das mesmas no carregamento. Demorava-se muito para atingir a carga máxima. De acordo com o novo estudo, as algas Cladophora possuem estrutura celular especial, com uma enorme área superficial. Ao se darem conta disso, os cientistas trataram de recobrir toda a nano-estrutura natural das células com um polímero condutor de energia.

A invenção, logo nos primeiros testes, superou as baterias similares em tempo de carregamento e em quantidade de energia armazenada. As baterias de algas marinhas surpreenderam os pesquisadores e conseguiram armazenar até 600 miliampere por centímetro cúbico, com uma perda de apenas 6% da capacidade total a cada 100 recargas.

Os cientistas, no entanto, afirmam que essa quantidade de energia armazenada é inferior às de lítio, mais usadas atualmente. Porém, a ideia de uma bateria constituída quase que completamente por material natural já seduz ambientalistas e pesquisadores de todo o mundo. Seu baixo peso, como afirmam os cientistas, também é um ponto a mais para as baterias ecologicamente corretas.

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